sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

“Y GWIR YN ERBYN Y BYD”*

"Je me Révolte, donc je suis!"
"Eu me revolto, logo existo!" alardeava Albert Camus.
Revoltar-se é uma atitude natural do ser humano. Se assim não o fosse, a humanidade nunca teria descido das árvores e ainda estaria comungando com a natureza sem tomar consciência de sua existência.
Pensar, criar e modificar são atos revolucionários que há milênios tem nos levado a não aceitarmos situações estagnadas e alienantes. “Sem crise, não há evolução” dizia Carl Jung, pois quando há crise, há descontentamento, indignação, revolta. Porém, a própria revolução pode carregar a semente da alienação. Quando não sabemos quem somos e não conhecemos as condições que nos cercam, mesmo atos heróicos podem facilmente levar a novas prisões. Atitudes revolucionárias por si só não garantem a plena libertação da alma, do indivíduo ou do grupo. É preciso antes libertar-se de pré-conceitos e de padrões arraigados e, acima de tudo, conhecer as causas e condições que encerram a questão, para então efetuar a derradeira revolução defendida por Krishnamurti: a revolução da mente!
*“A verdade contra o mundo” apregoavam os antigos celtas. É essa a única batalha a ser travada, a da verdade contra as distorções e ilusões da realidade que nos corrompem, desviam e desassossegam. Mais cedo ou mais tarde nos tornamos guerreiros que tem que enfrentar o pior dos inimigos: nós mesmos. Esse é o fardo e a salvação da humanidade, descobrir que o começo e o fim de tudo o que existe faz parte de nossa essência e que deve ser encontrado em nossos corações e transmutado em nossas mentes. “A verdade contra o mundo”, brada quem tem a Personalidade Tempestade!